sexta-feira, 19 de junho de 2015

Renato - Como uma estrela desce à Terra (Perspectiva Paterna)

Meu filho e eu!

Uma experiência que todo homem deveria vivenciar. Está foi a maneira mais racional que encontrei para definir o que vivi enquanto assistia minha Lua parir nosso Rei. O mais incomensurável aprendizado só terá quem estiver pronto a passar pelo processo em sua totalidade.

Quando minha esposa ficou grávida, por volta de Julho de 2014, ainda éramos namorados e ela ainda morava com os pais, então tínhamos muito o que fazer, como é possível imaginar: como anunciar a gravidez para nossas famílias, para preparar a mudança da casa dela para a minha (pois ambos queríamos mais que a responsabilidade, fazíamos questão do prazer de vivenciar o processo juntos, afinal de contas, o filho foi concebido a partir do prazer de nós dois), preparar nosso quarto para a chegada do bebê, prosperar financeiramente para tudo isso e, é claro, queríamos o melhor parto que pudéssemos ter.

Com tantas mudanças de todas as ordens, diversos processos de grandes adaptações ocorrendo em um curto espaço de tempo, a gestação, não foi tão calma quanto poderia; mas, graças a nossa capacidade de resolver nossos conflitos em prol da nossa real felicidade, conseguimos uma gestação muito sadia, sem qualquer risco.

Em Dezembro, a família toda já estava feliz com a chegado do bebê que já tinha nome: Renato! Foi uma emoção acompanhar os ultrassons, chorava toda vez que escutava o coração dele; mas o mais emocionante foi certamente o do quinto mês quando descobrimos que era mesmo um menino! E ele já sabia o nome dele por que ele não queria mostrar o gênero até ouvir o pedido de sua mãe "Renato, abre a perna" e ele abriu imediatamente!          

Enquanto arrumávamos a casa para chegada dele, estudávamos muito sobre os variados tipos de parto e seus procedimentos e, pesadas todas as vantagens e desvantagens para a mãe e sobretudo para o bebê, foi muito fácil para nós (casal) optar por parto humanizado domiciliar.

Ao contrário do que é pressuposto pela grande maioria das pessoas, o parto domiciliar, se bem conduzido e devidamente assistido por profissionais, é a alternativa mais segura e menos traumática para o nascimento e também para o pós-parto, uma vez que é um processo natural ao corpo da mulher, ocorrendo num ambiente onde o organismo já está adaptado; reduzindo as chances de infecção por causa dos anticorpos já formados para as bactérias de casa, além de diminuir o estresse inicial ocasionado pela necessidade de locomoção ao hospital. Garante à parturiente maior autonomia com relação aos procedimentos adotados pela doula e dá liberdade às sensações importantes, sobretudo, para o bebê, como, por exemplo, ficar uma hora em contato pele-a-pele com a mãe assim que nasce para estreitar vínculo através da ocitocina liberada pelos dois e, inclusive, ajuda na expulsão da placenta. As pessoas que assistem ao parto também liberam a ociticina, por isso une a família e dá sensação de acolhimento ao bebê. 

Na contramão disso, há a cesariana, que, só por ser uma intervenção cirúrgica, já oferece riscos muito maiores de infecção, o tempo de recuperação é muito maior e mãe e filho não passam pelo processo de estreitamento de vínculo, por isso deve ser usada com muito critério, apenas quando houver uma necessidade REAL. Só lembrando que cesariana eletiva, na maioria das vezes, antecipa a retirada do bebê, portanto seus pulmões ainda não estão prontos para respirar. O parto normal hospitalar, por sua vez, na maioria dos casos, causa danos psicológicos graves e possíveis danos físicos à mãe e ao bebê, por serem usados métodos de “rotina” desnecessários e sem sequer o conhecimento da mãe sobre as intervenções. Não são raras as mulheres que desenvolvem comportamento similares a vítimas de estupro por consequência de uma episiotomia, além de outros transtornos psicológicos, como a depressão pós-parto que a ocitocina e a placenta (se ingerida) ajudam a controlar.

Claro que esse é o tipo de coisa que apenas se busca quando se precisa, ou nem assim, na grande maioria dos casos; portanto, minha primeira impressão quando a Lua disse que queria parto domiciliar foi achar arriscado. No entanto, não bloqueei a minha esposa nem a mim mesmo. A Lua se mostrou forte e confiante desde o princípio e conforme nossa pesquisa caminhava mais eu me entregava à ideia. Acabei virando um entusiasta deste tipo de parto (como já puderam notar) e dei meu apoio integral à minha esposa. Fiz descobertas familiares no decorrer do processo: minha avó ganhou minha mãe em casa também. Por isso o apoio da minha família era muito forte. Isso me deu uma segurança a mais, a Lua estava totalmente segura também.

A parte mais difícil, excluindo-se o parto em si, foi, sem dúvidas, a achar a equipe certa. Começamos a procurar tardiamente devido às mudanças. Só em janeiro conseguimos contatar aquela que seria nossa doula, Aline Tarraga, mas, até então, não sabíamos direito o que devíamos procurar. Para que saibam, quem quiser fazer parto domiciliar precisa de uma equipe que é normalmente formada por duas enfermeiras obstetrícias e uma doula. Aline foi uma indicação da minha prima Victória, (gratidão prima!) e através dela conhecemos as enfermeiras Bárbara Bordegatto (Babi) e Bárbara Grande (Bárbara) e agendamos uma visita delas a nossa casa.

Foi um tipo de teste de fogo. Era necessário para a equipe saber em que nível estava a segurança psicológica da Lua e a integridade familiar com relação escolha do parto domiciliar, para isso, fizeram muitas perguntas sobre como a Lua lidava com a dor e como família reagiria em situação de estresse. Houve mais algumas reuniões, para exames e, também, para efetuar a contratação.

Um dos dias mais emocionantes e mais divertidos, foi quando a Aline veio fazer a pintura na barriga da Lua. Foi lindo ver o resultado final aparecendo. E como boa pintora que é, a Lua não podia deixar de ajudar. Eu só não ajudei porque no dia eu estava com espírito fotográfico e fiquei registrando processo. Isso já no oitavo mês de gestação.

No último mês de gestação, começaram as contrações de treinamento e com elas as insônias (ainda bem que ela me deixava dormir) e a preocupação de contar minutos de intervalo e segundos de duração (os entendidos entenderão!). Tudo isso tendo de escrever o plano de parto (documento em que descrevemos quem poderia estar aqui durante o parto, o que a Lua gostaria de comer, além de o que, em termos de auxilio com medicina alternativa, a Lua aceitaria). Lua estava muito cansada e, até, estressada por conta da ansiedade, mas mais feliz que nunca!

No dia 5/4 enfeitamos o local onde esperávamos que o Renato nascesse. Um manto negro fôra colocado no hall para preservar o escuro e improvisamos um castiçal com um suporte para vasos e um prato onde colocamos dez velas coloridas que seriam acesas durante o parto para formar a mandala do nascimento do Renato. Nunca mais queria ter desfeito aquele belíssimo cenário! O nascimento, para nós, é um ritual de magia onde a divindade interna da mulher presenteia a humanidade com uma estrela para nos guiar e preencher de sabedoria! È digno de ser admirado e festejado. Lua, dona de uma sabedoria incomum, aceitou passar por um processo doloroso por considerá-lo um processo físico e espiritual de transformação, em que a mulher se prepara para ser mãe. Acho que nunca esquecerei o que a Lua dizia sobre o parto: “Se eu for capaz de parir meu filho, serei capaz de criá-lo”. E sempre que ela dizia isso algo dentro de mim se revirava como se eu dissesse a mim mesmo que se ela podia parir nosso filho, eu tinha de ter a hombridade de acompanhar o processo do inicio ao fim, só assim me sentiria verdadeiramente pai e plenamente capaz de ajudá-la a cuidar do Renato. Somente vendo meu filho nascer, eu me senti realmente merecedor da guerreira que tenho como companheira de vida e da felicidade que recebia através de seu útero! 


Por volta de 1:00 da manhã do dia 8/4, minha esposa sentiu algo mais forte e resolvemos chamar as pessoas que queríamos ter conosco, mas o processo acabou se interrompendo por causa da excessiva preocupação e nervosismo dos presentes. Chamamos a Aline a contragosto, Lua se sentiu muito pressionada e o processo não evoluiu. Durante aquele dia, a Bárbara ligou e, de um jeito exclusivamente dela, colocou a cabeça da Lua de volta em ordem.

Os dias que se seguiram foram recheados de ansiedade, contagens e cansaço. Outra coisa que não esqueço é cara de chateada da Lua quando as contrações lhe causavam dor suportável; ela dizia para o próprio corpo e para mim: “Se é pra doer, dói logo” e eu achava graça. Conversávamos muito com o Renato, a conselho da Babi, dizendo que ele podia sair e que o mundo esperava por ele e que ficaria com a mamãe e com o papai que estavam muito felizes com a chegada dele!

Por causa das contrações cada dia mais freqüentes, a minha amada já não conseguia dormir bem. Lembro que as contrações tinham hora pra começar; eram dois picos: um religiosamente ao cair da noite e outro religiosamente à meia-noite. Fomos orientados a nos divertir para produzir ocitocina, um dos hormônios que desencadeia o processo de parto e que é estimulado pela sensação de prazer. Sim fazer o que se gosta, com quem se gosta ajuda muito a mulher a entrar em trabalho de parto. Obviamente namorar está entre as coisas que mais liberam ocitocina; então, homens e mulheres, não tenham medo de fazer amor. O bebê é protegido pelo colo do útero e isso ajudará o processo. Eu tinha um pouco de medo de machucar meu filho nos últimos dias de gravidez, ele estava de cabeça pra baixo e muito grande e, por conta talvez da paralisia cerebral que me acomete, temia machucar o cérebro do meu filho durante o ato... 

Durante a semana, minha pintora sonhou que era uma árvore retorcida que se destorcia para fazer o filho sair por suas raízes. Quando ela me contou esse sonho, imediatamente eu comecei a chorar, sabia que a hora estava se aproximando e disse a ela “PINTA A IMAGEM DESSE SONHO LINDO” e ela pintou a “Arvore da Vida” depois eu fiz uma poesia de mesmo nome..      

No sábado, dia 11, fomos caminhar na praça com a família da Lua pra relaxar e nos lembrar que a vida é feita de outras coisas que não partos. Estávamos imersos demais na situação. Ver a Lua sorrindo naquela noite foi uma das coisas mais lindas que já vi, parece-me que revigorou a confiança dela em si mesma.

Tarde do dia 12/4
Era tudo que ela precisava! Na madrugada do dia seguinte, 12/4, o processo se tornou mais intenso. As contrações começaram a doer, e para Lua reclamar de dor é por que a dor é muito forte, mas nesse estágio ela ainda não gritava. Chamamos a Aline já era de manhã ela veio e chegou por volta das 11:00 horas. Almoçou conosco, e passou a tarde fazendo exercícios pra ajudar as contrações a se intensificarem. Lua, fazia yoga, andava pelo hall de cócoras, sentava numa bola de fisioterapia, eu assistia aquilo e achava artístico. Não me lembro o que eu disse, mas certamente foram palavras de incentivo. No final da tarde já eram umas 16:30, elas foram passear na rua, abraçar árvores... Era muito bom ver aquilo, Parecia uma cerimônia de ligação com Mãe Terra quando voltaram a Lua se sentou numa cadeira de balanço e caiu no sono. Aline esperou mais uma hora e decidiu ir embora. 


Aline conosco no dia 12/4



Lua dormiu até umas 21:00, 22:00 horas. Acordou tomou um banho e jantou, conversamos um pouco, as contrações voltaram fortes e chamamos a Aline que já estava vindo para cá. Foi realmente incrível a conectividade. A Aline chegou às 3:00, avaliou a situação e disse-nos para tentar descansar; dormimos um pouco..

Acordei por volta de 5:00 com minha esposa me dando um tapa e gemendo porque estavam doendo as contrações, não tinha dormido mais que 20 minutos e já aparentava sinais de cansaço. Chamei a Aline imediatamente e ela começou a fazer massagem na região lombar da Lua para que a dor ficasse o mais branda possível!

Lembro que lá pelas 7:00 da manhã, a Lua já estava gritando de dor, a casa já estava acordada e discutíamos se ligávamos ou não para a mãe da Lua, pois ela estaria saindo para trabalhar.  Ligamos e dissemos para que ela esperasse, pois a Aline ainda não tinha certeza de que o processo não pararia de novo, se intensificou mais e, lá pelas 11:30, minha amada pediu par que chamássemos a mãe; à essa altura, ela estava com frio e morrendo de sono; sentava-se na cama para dormir entre as contrações e acordava para ficar de pé e gritar, pois isso aliviava sua dor; mesmo assim, eu fazia questão de transmitir a ela que o processo de chegada do nosso Rei estava lindíssimo. Ela já tinha entrado na partolândia (na fase ativa do parto, o cérebro feminino desliga a parte racional para melhor suportar a dor. O corpo das mulheres possui adaptações incríveis!), e já não parecia me escutar.

Quando minha sogra (Sol) e sua cunhada (Fia) chegaram, a Aline já havia contatado a Babi dizendo que a Lua estava no trabalho de parto ativo. A Sol abraçou a Lua e chorou. A Lua comeu um potinho de açaí e foi a última coisa que comeu até mais ou menos 23:00: Babi chegou já era quase 13:00 e me convenceu a dormir um pouco, afinal, a dilatação ainda estava em cinco centímetros. Deitei-me do lado da Lua e apaguei por uma hora e alguns quebrados, eu acho. Acordei com a Lua gritando. Que coisa difícil é você ver a pessoa que você ama gritando de dor e ter de achar meios pra fazer com que ela suporte mais dor, mas, nessa fase, eu ainda estava seguro quanto a isso. Lá pelas 15:00 horas a Lua teve ataque de calor, arrancou toda a roupa e a Babi pedia para que ela se inclinasse para frente e não para trás, para facilitar a decida do bebê.

Era mais de 16:00 horas quando a Lua decidiu que queria ir pra piscina, lá o processo diminuiu um pouco de intensidade e ela conseguiu descansar um pouco, mas a Bárbara chegou e queria que a Lua fizesse exame de toque para saber a quantas ia a dilatação. No inicio, a Lua resistiu parecia receosa, e tudo o que menos queria ouvir, era uma má notícia, mas no fim da tarde, ela cedeu, quando ouviu da Bárbara (se não me engano foi dela) que a água quente da piscina podia parar o processo. Ela foi retirada da piscina, e levada a cama para fazer o exame de toque. Foi um baque em todos quando souberam que ela ainda tinha os mesmos 5 centímetros de dilatação. Foi sem dúvidas o momento mais tenso do parto, deixou a todos preocupados, praticamente esgotou meus recursos psicológicos para lidar com a situação e desanimou muito a Lua, acho que, se em algum momento, ela pensou em desistir, foi na meia hora que se sucedeu.  

Eu durante o parto
Eu sabia que precisava incentivá-la, só não sabia como. Minha mente passou a fazer o que podia pra tentar fazer com que ela soubesse que eu estava ali, ao lado dela passando por tudo com ela. Passei um momento de criação inspirado conscientemente no método Grotowiski de teatro. O método consiste basicamente em criar algo totalmente novo a partir da exaustão das possibilidades. Pensei desesperadamente em TUDO que já tinha feito e só uma coisa nova me ocorreu. GRITAR COM ELA! Se não me falha a memória, a ideia veio do momento em que a Lua respondeu “FORÇA” à pergunta da Aline “Qual a emoção que tem no seu grito?”. Na contração seguinte eu gritei “FORÇA, AMOR!”. Deu uns quinze minutos e a Lua me pediu pra parar de gritar. Fiquei mais alguns momentos ao lado dela, mas precisei sair pra respirar, já estava sentindo que eu estava atrapalhando. Minha cabeça estava pensando no que dizer a ela se ela desistisse, as pessoas da família estavam claramente abaladas. Lembro que quando eu estava saindo do quarto, minha amiga, Etel, estava chegando. Ela me perguntou como eu estava, eu disse: “um pouco abalado” tomando muito cuidado para que a Lua não me escutasse. Fui à sala, estavam todos visivelmente preocupados, mas a mais preocupada certamente era minha sogra. Me lembro de ter dito a ela que a filha é uma guerreira e que sempre que queria algo de coração, ela conseguia; não seria diferente dessa vez e que eu não ia desistir dela. Aí sai pra garagem tomei um ar e fui à cozinha comer alguma coisa.

A Bárbara me perguntou se eu estava seguro. Minha resposta foi   “Se ela desistir, eu vou falar com ela. Eu não desisto da minha esposa!”. Logo depois disso, a Bárbara teve de sair para atender a outro parto, Babi e Aline já nem vinham pra sala.

Voltei ao quarto, a Lua estava de quatro no chão e sacudia negativamente a cabeça, a Babi perguntou se esse não era por que ela achava que não ia conseguir, imediatamente minha amada passou a balançar afirmativamente a cabeça e todos os que estavam no quarto entenderam que o gesto era “eu vou conseguir!”.
Babi e Aline cuidando da Lua 

Não sei dizer exatamente quanto tempo depois, mas a Lua quis ir ao banheiro e eu voltei à sala. Quando voltei ao quarto, depois de uns quinze ou vinte minutos, minha esposa estava sagrando! Todo mundo preocupado, mas eu estava sentindo uma felicidade inexplicável de ver que ela estava sangrando! Instintivamente, eu sabia que aquele era o sinal que estávamos esperando! Renato ia nascer em pouco tempo. A Lua foi mais uma vez ao banheiro e não saiu mais de lá, escutar os gritos dela me causava muita ansiedade, mas administrei bem a vontade de invadir o banheiro pra saber o que estava acontecendo. Babi veio nos dizer que ela estava no chuveiro e que disse que nunca mais a tirassem dali, ela tinha até dormido lá. Minha confiança na Lua foi extremada por esse processo!

É MUITO DIFÍCIL ter de confiar na sua esposa, acreditar que a mente e o corpo dela vão aguentar a pressão, é o tipo de situação que estreita laços e deixa o amor muito mais forte!   

Passaram-se mais creio que uns 30 minutos, e a Babi abre a porta do banheiro dizendo pra gente encher a piscina que o Renato estava nascendo! Foi um corre-corre de balde, a Lua esperava de pé apoiada na pia, a água não esquentava e a Babi deu a ordem de parar para apreciar o Renato nascendo. Colocou um banquinho pra Lua se sentar na porta do banheiro, a Lua sentou, a Babi aparou o bebe enquanto a Aline segurava a Lua por debaixo dos ombros pra ela não cair.

Quando veio a última contração a Lua já estava trêmula de dor e de falta de energia, nessa hora eu perguntei pra Etel que horas eram, ela respondeu “Nove e Cinco”. Foi o tempo certo da gente olhar pra Lua e ADMIRAR o Renato nascer nas mãos da Babi que o colocou imediatamente no colo da, a partir de então, mamãe LUA! E o garoto abriu um berreiro tão forte que nem parecia um bebê, enquanto isso, o povo se abraçava e chorava de felicidade e alívio! 

Infelizmente, assisti a tudo isso de longe. Não consegui achar um jeito de descer rapidamente da cadeira, mas depois que o Renato nasceu, eu me aproximei e, com a ajuda da Babi cortei o cordão umbilical depois que ele já tinha parado de pulsar. Ai Lua levantou e a placenta literalmente caiu no chão e ela nem ligou, foi pro quarto e se deitou na cama. Eu tive que praticamente ser seguro para não mergulhar na piscina, era muita felicidade para um momento só!!!

Ficamos todos mais uma hora hipnotizados pelo bebê! Só olhávamos pra ele! Lua era só felicidade! Só depois de uma hora de muitos abraços e fotos é que a Babi o pegou para examinar. Nasceu com 48 cm. 3,05 kg. E com todos os reflexos em ordem!  Bebê nota 10, Lua não teve laceração e estava visivelmente bem e apaixonada pelo bebê! Renato hoje é um bebê que, após dois meses de nascido, é extremamente calmo e já interage com tudo e todos à sua volta!

Renato recém-nascido



Agradeço muito a equipe e a todos que estiveram aqui, em corpo ou em espírito, no momento mais importante de nossas vidas! 

Família

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